quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Rabiscos

A mão sente e começa a puxar e a arrastar a caneta pelo papel fora, mas sem saber o que quer dizer, talvez se fosse canhoto as palavras vinham do coração mais facilmente, mas não é isso acontece e em vez disso gasto a tinta em coisas insignificantes, rabiscos fúteis e de utilidade nula, desenhos e formas abstractas que retratam a obra de arte que são os meus pensamentos, ideias que não são exprimidas, medos irracionalmente racionais, amor em forma de lembranças e lembranças em forma de prazer.
São só rabiscos que preenchem ridiculamente linhas horizontais , mas que fazem sentido numa dimensão que não esta, no entanto as contradições fascinam-me, tanto quanto os relâmpagos, eles que nunca caem duas vezes no mesmo sitio, devia aprender com isso e começar a escrever com a mão esquerda, talvez fosse mais poupado nas canetas, no papel e nos devaneios, que me me fazem mal e bem ao mesmo tempo, consomem-me por dentro enquanto desdigo o que sinto.
Esta tudo escrito, mas nada dito, eu sou assim.
03:22h / 2-1-14

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